A taxa de desocupação capixaba chegou a 10,9% no 2º semestre de 2019, registrando queda de -1,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. O valor é menor que o estimado para o Brasil (12,0%) e para a região Sudeste (12,4%). Isso significa que mais pessoas estão conseguindo uma ocupação no mercado de trabalho capixaba.
O número de ocupados no Estado foi estimado em 1,9 milhão de pessoas no 2º trimestre de 2019, maior patamar da série histórica, iniciada em 2012. O dado representa um crescimento de +5,8% em relação ao mesmo período do ano anterior e tem como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa, publicada no Boletim trimestral de Mercado de Trabalho do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), o crescimento de ocupados na comparação interanual decorreu, principalmente, do aumento no número de trabalhadores domésticos (+16,5%) e de conta própria (+12,0%).O diretor de Integração e Projetos Especiais do IJSN, Pablo Lira, destaca também outros dois indicadores do Mercado de Trabalho do Estado que apontam tendências positivas: “A taxa de participação na força de trabalho, que chegou a 67,5% e mede o percentual de pessoas na força de trabalho em relação às pessoas em idade de trabalhar; e o nível de ocupação, que é a proporção das pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar. Esse indicador chegou a 60,1% no segundo trimestre deste ano. Isso indica que as pessoas estão mais confiantes em conseguirem alguma ocupação no mercado de trabalho capixaba”, explica.
Conforme a metodologia da pesquisa do IBGE, são consideradas ocupadas as pessoas que, na semana de referência da pesquisa, trabalharam pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado ou sem remuneração direta, em ajuda à atividade econômica de membro do domicílio ou, ainda, as pessoas que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas naquela semana.
O boletim do IJSN apresenta ainda as características dos ocupados no Estado. A proporção de homens trabalhando é superior ao de mulheres. Ao todo, 70,4% dos homens do Estado estão ocupados. Entre as mulheres, o índice é de 50,6%. A faixa etária de 25 a 39 anos é a que apresenta o maior nível de ocupação (78,7%).
O nível de ocupação também é diretamente proporcional ao nível de escolaridade. Os dados apontam que 77,9% das pessoas com nível superior completo estão ocupadas.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado para o Espírito Santo em R$ 2.110,77. Na comparação com os demais trimestres, verifica-se que o rendimento médio permaneceu estável estatisticamente. No entanto, a massa de rendimento habitual de todos os trabalhos no Estado cresceu +9,6%.
No mercado formal, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia (ME), publicados pelo IJSN em resenhas de conjuntura mensais, o Espírito Santo registra saldo acumulado no ano (de janeiro a julho de 2019) de +14.721 postos de trabalho, sendo os setores que se destacaram positivamente foram os de Serviços (+7.169) e de Indústria de Transformação (+3.288). O único setor que apresentou queda de postos de trabalho no período foi o de Comércio (-2.218).