Sedes debate produção onshore no Espírito Santo

O subsecretário de Competitividade e Projetos Estruturantes da Secretaria de Desenvolvimento (Sedes), Adson Thiago, fez a abertura do Programa de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Terra (Reate), do Ministério das Minas e Energia, que acontece nesta sexta-feira (25) em Vitória. A capital capixaba foi uma das quatro cidades escolhidas para sediar o evento, devido ao potencial que o Espírito Santo possui neste segmento.

“Acompanhamos com entusiasmo a revitalização da produção em campos maduros. Se os números mostram menor produtividade do onshore em relação ao offshore, isso não significa, no entanto, a inviabilização da produção em solo firme. Tal atividade é muito atraente a empresas menores, de pequeno e médio porte, que podem se beneficiar da proximidade do insumo – a poucas centenas de metros em terra, ante os quilômetros de profundidade dos poços marítimos, o que torna a extração mais barata”, explica o subsecretário.

Para Lucas Lima, coordenador geral do Reate 2020, as perspectivas para o Espírito Santo são muito positivas. “O Estado sempre foi um grande produtor terrestre, pois a exploração do petróleo aqui começou em terra, depois migrando para o mar. Existem grandes oportunidades para exploração onshore, e estamos trabalhando para cumprir a estimativa de que o Espírito Santo quintuplique sua produção terrestre, o que permitirá gerar emprego, renda e desenvolvimento local. Estamos aqui para reunir a cadeia produtiva e criar a sinergia entre esses atores, a fim de revitalizar a produção em terra”, diz.

Já para José Fernando de Freitas, coordenador de áreas terrestres da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o objetivo do Reate 2020, uma reedição do programa originalmente lançado em 2017, é revigorar a atividade onshore no Brasil, na qual o Espírito Santo tem futuro promissor. “O Estado é o único do Brasil com capacidade dual, de grande produção offshore e significativo potencial de produção onshore também. Temos grandes apostas para o Espírito Santo”, revela.

Para Freitas, o onshore tem a capacidade de movimentar vários agentes da cadeia produtiva, já que a atividade exige um ambiente fértil para a exploração e produção do insumo. “O Reate pretende criar essa centelha inicial para juntar todos os atores. Eu tenho certeza que no ano de 2020 já colheremos os primeiros frutos, pois estamos trabalhando nessa semeadura desde 2017, quando foi revisada a constituição da atividade de exploração e produção no Brasil, que culminou com a nova política da atividade, quando foram estabelecidos, claramente, critérios, cenários e objetivos e, especificamente, para a atividade onshore. O desinvestimento da Petrobras foi uma dessas ações, que abriu espaço para a entrada de novas empresas na atividade. Os resultados serão percebidos muito rapidamente, já no ano que vem”, afirma.

Adson Thiago faz coro: “O setor de exploração terrestre tem o potencial de estimular a cadeia produtiva e movimentar a economia da região no entorno dos campos, levando emprego e renda à população. Esse novo panorama abre perspectivas muito positivas para o desenvolvimento local”, relata.       

Sobre o Reate

  • O Reate 2020 é o Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres.
  • Seu objetivo é fomentar a exploração e a produção de petróleo e gás natural em terra, com vistas a propiciar o desenvolvimento regional e estimular a competitividade nacional.
  • A iniciativa proporcionará o desenvolvimento regional e o aumento da produção de óleo e gás em terra, com perspectiva de dobrar a atual produção de gás natural, passando dos atuais 25 milhões de metros cúbicos por dia para mais de 50 milhões.
  • O Reate já foi realizado em Brasília e em Salvador e acontecerá, ainda, em Mossoró (RN).