Os números de acidentes envolvendo motocicletas no Espírito Santo continuam a preocupar. De acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES), entre janeiro e outubro deste ano, 434 pessoas perderam a vida em ocorrências dessa natureza, representando um aumento alarmante de 28,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A vulnerabilidade dos motociclistas é apontada como a principal causa da alta letalidade desses acidentes. Segundo o diretor técnico do Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas, Alexandre Bittencourt, as vítimas estão sujeitas a múltiplos traumas, desde a colisão inicial até possíveis atropelamentos por outros veículos.
Os traumas cranianos, especialmente em casos de uso inadequado do capacete, e as lesões na coluna vertebral são as mais comuns e graves. A imprudência no trânsito é outro fator determinante para o aumento dos acidentes.
O chefe do Setor de Comunicação do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), capitão Anthony Moraes Costa, destaca que é frequente flagrar motociclistas descumprindo as regras básicas de segurança e circulação. O alto custo dos acidentes para o sistema de saúde é outro aspecto preocupante.
Entre janeiro e agosto deste ano, 8.154 pessoas foram internadas em decorrência de acidentes de trânsito no estado, gerando um gasto superior a R$ 12 milhões aos cofres públicos. Diante desse cenário, é fundamental a intensificação das ações de conscientização e fiscalização, além de investimentos em infraestrutura viária para reduzir os riscos e proteger a vida dos motociclistas.