A pequena produção média de 90 litros de leite por dia, com oito vacas em lactação, está sendo o suficiente para o produtor Flávio Fávero cobrir os custos e ainda sobrar para continuar investindo na propriedade, projetando crescimento a médio e longo prazo.
Há três anos na atividade leiteira, o produtor começou com apenas duas vacas na pequena propriedade situada no Córrego Água Preta, município de Nova Venécia. Mesmo com pouco capital financeiro para investir, Fávero teve disposição de sobra para tocar o projeto de seus sonhos, ao lado de seu pai, Vicente Antonio Fávero, e seu irmão, Luciano Felipe Fávero.
Uma das primeiras ações da família foi investir na formação de piquetes e construir uma sala de ordenha. A partir daí, o foco foi o aumento no número de vacas e consequentemente da produtividade.
Hoje na propriedade, três hectares de terra são formados por piquetes irrigados e os animais também recebem alimento concentrado. Apesar de pequena, a sala de ordenha é bastante eficiente, inclusive com uma ordenhadeira mecânica para agilizar a mão de obra.
Além de investir em infraestrutura, o plantel aumentou consideravelmente. Além das vacas em lactação, 17 de animais que nasceram no próprio local, entre machos e fêmeas, ajudam a completar a renda com a comercialização. Os bezerros são negociados quando atingem média de cinco arrobas.
Mas a meta agora é focar no aumento da produção de leite. Para isso, a família Fávero conta com o novo desafio de melhorar a genética do rebanho leiteiro. “Hoje o nosso gado não tem boa aptidão para o leite, mas não adiantava nós termos vacas girolando se não tínhamos estrutura para criá-las. Agora que acertamos os piquetes e a sala de ordenha, vamos começar a primar por vacas girolando, inclusive já temos algumas novilhas que foram emprenhadas por meio de inseminação artificial”, disse Flávio ao afirmar que também já adquiriu um animal da Faeve e que sua meta é comprar mais.
O complemento financeiro chega com os bons índices de qualidade conquistados, alcançando sempre as melhores pontuações. Isso porque o produtor adotou práticas diárias como pré e pós-dipping, limpeza dos bujões, higienização das mangueiras, lavagem da sala de ordenha, entre outras ações de higiene antes, durante e após cada ordenha realizada.
Intenção é entrar para o Programa Leite Certo
Com a estabilidade produtiva que conquistou, a próxima meta da família Fávero é entrar para o Programa Leite Certo de produção intensiva de leite. A assistência técnica tem foco na melhoria do resultado, trabalhando os índices de desenvolvimentos associados ao esforço do produtor.
O foco do projeto está alicerçado no aumento da produtividade, produção de leite com qualidade, sanidade do rebanho e aumento da renda familiar. Demonstrando que, ao associar o trabalho do produtor com assistência técnica focada é plenamente possível viver bem na propriedade familiar.
“Com certeza vai somar porque vemos os resultados positivos daqueles que participam do programa. Reconheço que precisamos corrigir algumas coisas em nosso manejo e o acompanhamento feito pelo técnico é essencial para melhorarmos a renda com a produção de leite, além de ter todo o controle zootécnico da propriedade que nos aponta aonde precisamos mudar”, conclui Flávio.
